terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Sede de justiça

Apesar de estar otimista escrevo esse texto com muita indignação. Diante dos recentes fatos pertinentes as questões que envolvem imbróglios dos nebulosos acordos com empresas fornecedoras de água somos obrigados mais uma vez a ver o nosso suor do dia-a-dia sendo desprezado por uma pequena parte de canalhocratas que nos dão as costas e descumprem acordos firmados em antigas promessas. Esses que algumas vezes nos tomam a frente dizendo ser nossos representantes e assumem pra si uma consciência de explorado, quando na verdade só querem se auto favorecer. É nítida a falta de compromisso com os que sustentam essa cidade numa batalha sem fim.
Nos lembremos do final do ano retrasado quando a atual Secretária de Assistência Social assumindo uma postura classista recorreu ao judiciário, após se esgotarem as manifestações populares, em busca de uma solução democrática por parte do antigo prefeito em relação ao processo de licitação para concessão da gestão do sistema de água e esgoto de Valença. Exigindo um modelo no qual haveria de se ter uma orientação ao debate com a sociedade, hoje a secretária se omite diante daquilo que combateu.
A instalação da empresa mista Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) pelo atual prefeito representa a total falta de compromisso com aqueles que acreditaram em suas promessas de campanha. Questionado sobre a revisão do contrato quando ainda era candidato ele foi enfático: “Eu vou rever tudo. E cumprir o que está lá no plano diretor. Essa parte de saneamento, de respeito ao plano diretor participativo do município. Aí eu te pergunto, a população foi consultada sobre o plano diretor de saneamento do município?”. Hoje nós que te perguntamos, senhor prefeito! Não é novidade alguma que a CEDAE é uma empresa extremamente elitista. Sobrevive das altas taxas cobradas – arrecadamento em torno de R$ 1 bilhão por ano – e não investe quase nada em obras ou saneamento. É o terror dos ambientalistas já que joga a maioria do esgoto em rede fluvial. No municio do Rio Janeiro privilegia a zona sul em detrimento dos subúrbios cariocas. Será mais uma alta taxa para os sofridos trabalhadores valencianos, que são os verdadeiros heróis de toda essa história.
Donas de casa que utilizam a água para lavar a roupa das madames e preparar o café cedo para o seu esposo ir à labuta. Pequenos agricultores que utilizam a água para a sua humilde plantação. Professoras que após uma longa aula saciam sua sede. Água de nós povo oprimido, sofrido e explorado que sabemos o valor da natureza e de tudo que nos circunda.
Conforme disse no início do texto estou otimista, pois sei que as constantes manifestações do povo valenciano são frutos de uma posição valente e admirável, pois somente nós das engrenagens dessa poética cidade sabemos lhe dar as devidas homenagens e não há nada mais bonito do que o povo valenciano exigir que os seus direitos sejam executados.

7 comentários:

Anônimo disse...

Olá Felipe Duque,

onde você estava rapaz que deixou esse povo do Por Amor a valença passar na sua frente e levantar a bandeira da água? Reaja rapaz, diga que agora o caso é com você. Dô força garoto, vá em frente.

Unknown disse...

Olá, Nicolas.
A questão é até onde vai o caráter do indivíduo. Se hoje você assume uma postura de compromisso com dado setor da sociedade ciente de suas carências e essas pessoas lhe dão a honra de representá-las há de se convir que qualquer fraude que atente contra esse contrato - seja oficial ou não - é de uma mesquinhez e calhordagem tremenda. Eu não me envolvi no movimento não por ser relapso ou desinteressado, mas simplesmente porque sei que não poderia arcar com os compromissos, já que estudo fora o que demanda altos custos não permitindo que viajasse para Valença com regularidade. Muitas vezes o dinheiro é contado e tenho que me equilibrar monetariamente. Mesmo longe acompanho com freqüência o que ocorre na cidade seja através VQ, amigos, familiares, dentre outros, pois saiba que quem aqui fala é um ser humano que viveu quase vinte anos nessa cidade e tem um profundo carinho e respeito não só pelas belas ruas e paisagens, mas principalmente pelos trabalhadores que apesar dos diversos reverses que a elite os impõe não se abatem e arcam com suas atividades buscando sobreviver, apesar das diferenças.
Boa semana, camarada!
Abs!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Unknown disse...

Ao anônimo:

Bela avaliação, mas o que seria "cadeiras técnicas"?

Anônimo disse...

"raivosas claras escuras e vivas mortas que se acham superiores aos demais."
Conheço a Clara Pentagna, desde os tempos da fabrica Santa Rosa em que a mesma combatia as desigualdades praticadas pelo Sr Julio Vitor.
Agora no inicio do ano, me deparo com uma Clara realmente as escuras, já que não pratica a tão sonhada igualdade que pregou por tantos anos.
Encontro essa Senhora, aceitando um cargo em comissão de alto salário, mesmo sendo aposentada, também com um alto salário.
Até aí tudo bem,mais não sei se os amigos do VQ sabem, essa senhora de família tradicional e contuda ilibada, é aposentada por INVALIDEZ.
Eu que contribui para o INSS por mais de 40 anos e a duras penas consegui sustentar e formar meus filhos fico a perguntar como uma pessoa aposentada por INVALIDEZ pode responder por cargo de tamanha importancia.

PAULO FARIA
APOSENTADO
62 ANOS

Anônimo disse...

ô paulo,
vai jogar domonó na pracinha do são josé das palmeiras
o caso da clara ja foi resolvido
pede p ela te mostrar a certidao q comprova q ela pode aceitar esse cargo