quinta-feira, 15 de novembro de 2012

VQ // 46 // Editorial

O lançamento do VQ 46 impresso será no sábado, dia 17, no Costelão da Getúlio Vargas, com o Sarau Solidões Coletivas.
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Será que agora teremos UM prefeito nos próximos quatro anos?

Depois de muita indefinição - e dos traumas recentes em relação à prefeitura - o TSE definiu pela posse de Álvaro Cabral, o candidato mais votado nas últimas eleições


Como disse o professor Paulo Roberto Figueira Leal na última edição do VQ, Valença não pede muito, apenas que o eleito governe. Nos últimos anos passamos por muitos percalços, desde a morte de Fernando Graça, quando Fábio Vieira assumiu, até a agora conturbada eleição em que Fernandinho foi considerado eleito pela Justiça Eleitoral, e finalmente definida pelo Tribunal Superior Eleitoral com a confirmação da legalidade da candidatura de Álvaro Cabral, no último dia 23 de outubro. O candidato Fernandinho Graça, que ficou em segundo lugar, disse que vai recorrer da decisão, o que levaria o caso ao Plenário. Pode ser mais um capítulo da conturbada vida política valenciana.

Mas estamos aqui para pensar no melhor para Valença. O agora eleito Álvaro Cabral tem todos os motivos para fazer um governo menos pior que os antecessores, principalmente por conta da situação que Valença se encontra. Parece que estamos à beira do abismo, sem uma gestão presente. Nesse sentido, qualquer ação pode aparentar um caráter mais positivo do que o normal. Essa não é uma situação nova. Vicente Guedes, quando assumiu, também tinha tudo para fazer isso, depois de uma decepcionante gestão de Fábio Vieira. Mas não fez por onde, e a justiça também ajudou a atrapalhar.

Entre os problemas que Valença enfrenta, podemos citar a questão da água, a coleta de lixo, e estender ainda mais esta lista, infelizmente. Uma questão com pouca transparência é a questão da previdência social de Valença. O governo Vicente Guedes instituiu a Previ Valença em dezembro de 2009, mas de lá pra cá, o que temos visto é a total falta de transparência. A Previ Valença foi concebida sem um estudo, sem a realização de censo dos servidores públicos municipais e sem ouvir estes mesmos servidores, os principais interessados. Para elucidar e questionar a falta de transparência, fazendo perguntas que precisam de respostas, publicamos o artigo de Fabrício Itaboraí.

Ainda sobre eleições, fizemos um resumo de quem são os eleitos para a casa legislativa para a gestão 2013-2016. Destaque para as caricaturas de João Paulo Maia dos 12 eleitos.

Ainda nesta edição, a resenha do livro O novo carioca, a poesia de Juliana Guida Maia, com o poema vencedor de Menção Honrosa no I Festival de Poesias de Conservatória, a estreia do artista Panta na tirinha da última página e a seção Navegando. Cabe destacar também a indignação do leitor Joaquim Xavier (na carta aqui ao lado) sobre a dificuldade em ser atendido por um farmacêutico na Farmácia Popular.

Um comentário:

ALEXANDRE RABELO MORGADO disse...

A nossa Valença, no passado, era um Município progressista, detentora de vários títulos, como Princesinha da Serra, Município Modelo. Perdemos RFFSA, Industrias de tecidos, que geravam empregos até para pessoas de nossos Municípios vizinhos. Para piorar a situação, incutiram na cabeça do povo que a terceirização era o caminho para o progresso. Pura falácia, pois só atende a grupos, verdadeiros urubus de olho no erário público. A PMV nunca teve condições financeiras de manter um regime próprio de previdência. No passado não deu certo, retornaram com os servidores municipais para o INSS. Na verdade, sempre estarão fazendo esse tipo de coisa, pois caso não dê certo, o INSS, reassume a seguridade desses contribuintes através do Regime Geral de Previdência Social. Fácil sempre tumultuar a vida de todos aqueles que laboram na PMV. Quanto a governabilidade do Município, não importa quem governe, o importante é saber que o dinheiro público deve retornar à sociedade, através de serviços, com participação de verdadeiros servidores públicos concursados. Nosso Município parou no tempo. Espaços que geravam dezenas, centenas de empregos, estão sendo consumidos pelo desleixo público que não faz nada, para ocupar esses espaços.